quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Profissional de educação

Pode até parecer pejorativa a denominação “profissional da educação”, porem ela está em consonância com as ideias de uma escola participativa, democrática e que tem como finalidade maior o aprendizado do educando. Se educa de todas as formas: na entrada da escola, na recepção da secretaria escolar, na hora da merenda, entre outros ambientes.
Afirmar que a educação é somente – e só – a da sala de aula, estamos entrando em um equivoco do tamanho do Monte Everest, uma vez que a educação acontece – e é sabida de todos – desde a convivência familiar até as rodas de amizade. Negar o aprendizado ao educando é matar a sua alma e enterra-la na ignorância; isso ocorre quando professores se acham os únicos “profissionais da educação”, desconsiderando todo o conjunto que engloba o processo de ensino e aprendizagem.
Nesse contexto, as autoridades constituídas também aderem a esse pensamento e postura, uma vez que fomentam tal percepção, ao produzirem leis que corroboram com tal situação.
Interessante é notar alguns professores baterem no peito – como homens primitivos – e com muita raiva dizerem que “não pode outro funcionário invadir o seu espaço, pois o concurso que este fez é para determinado fim e não contempla o ser profissional da educação”.
Enquanto houver pensamentos assim, não haverá realmente melhoria na educação, pois o causador de certa “negatividade” e “desanimo” é ver que profissionais não são tão profissionais, mas excludentes, tornando assim a educação inclusiva somente no papel ou nos debates escolares, mas seus atores – na realidade – reproduzem outro tipo de educação, talvez a do egoísmo e a do egocentrismo.


Eleições Escolares


Uma das premissas do sistema educacional é de que o mesmo reza pela cartilha da democratização, ou seja, da abertura das instancias democráticas da escola.
No entanto, não é isso que vemos nos processos de eleições para diretores e vice – diretores regidos pela lei 7.983/2006. Há todo um processo que não é seguido, seja pela comodidade da comunidade escolar ou não; mas mesmo que assim não fosse, há vícios gritantes, como: a não convocação da comunidade para a escolha da comissão eleitoral; vicio nos editais que ficam a bel – prazer destas “comissões” que ora sim ora não, violam o principio da isonomia, entre outros; tornando o processo inviável da forma que deve ser.
Nesse contexto, cabe a uniformização por parte da Secretaria de Educação através de um sistema eletrônico, como acontece no estado de Mato Grosso, cuja vacância do cargo se dá pelo não atendimento a chamada das inscrições eletrônicas para o pleito. E, segundo um professor da rede pública estadual do referido estado, TODOS tem o direito de se inscrever e concorrer, desde os funcionários de serviços gerais até o mais alto grau de escolaridade. Isso sim, é o principio da democracia, pois restringir a entrada no processo de qualquer outro funcionário demonstra a falta de inclusão que a escola faz, em todas as áreas.
A cada ano são formadas miríades e miríades de professores e pedagogos, profissionais da educação que vão enfrentar a sala de aula; mas além disso, temos ainda técnicos administrativos com formação adequada ao quadro de docência e que podem muito bem desenvolver atividades relacionadas a isso. Estes podem contribuir – e muito – com novos projetos para a melhoria da educação.
Mas parece que a educação está engessada, não há perspectivas de evolução e isso faz com que a geração das novas ideias se perca, ou melhor, vão ficar acomodadas. Não havendo perspectivas para mudanças de paradigmas e isso entristece, porque sabemos (e reconhecemos) que a porta de entrada para a cidadania é a escola e ter opções de escolha, efetiva o processo educacional.







A morte de um professor


Li uma vez que “quando se morre um professor, morre-se uma biblioteca inteira”. E isso é verdade, mas o sentido é ainda mais amplo, uma vez que durante toda a vida acadêmica, aquele professor acumulou conhecimento para ser repassado ao longo dos anos de sala de aula, como também participou da vida de cada aluno seu.
A saudade que fica do professor querido é enorme, a chatice dele, a “pegação” no pé do aluno etc muitas vezes foi mal compreendida e é, nesse contexto, que devemos observar que o professor sempre requer algo a mais do seu aluno; ele “aposta” que seu aluno será melhor, porque teve a oportunidade de aprender.
Inúmeras vezes vemos casos de alunos que não dão o devido valor ao conhecimento repassado pelo professor e – lá num futuro distante –, ao reencontrar seu professor faz comentários de quanto ele foi importante naquela fase da vida, como o seu cuidado é sempre lembrado com carinho.
A perda de um professor não é somente de seu repasse de conteúdo, mas de toda uma vivencia ao longo daqueles anos que tiveram juntos em sal de aula, naqueles 45 minutos que realmente marcam a vida de todo ser humano e que ficam na memória, eternizados.